Museu do Vaticano

Apesar do museu ser mais conhecido pela obras de arte da época renascentista, a realidade é que tem uma coleção considerável de arte egípcia, e principalmente de arte grega e romana.
Quanto à época do renascer do espírito clássico, destacam-se os chamados quartos de Rafael, nos quais se podem encontrar frescos maravilhosos. Estes quartos eram os aposentos privados do papa Júlio II, que escolheu Rafael para os decorar com frescos exprimindo os ideais religiosos e filosóficos renascentistas.
O trabalho de Rafael e seus pupilos durou 16 anos (Rafael morreu antes da sua conclusão) e são de uma beleza tocante.
O mais famoso destes frescos é provavelmente é "A escola de Atenas", uma cena que representa o debate entre diferentes filósofos gregos, e no qual também são representados alguns contemporâneos de Rafael tais como Da Vinci e Miguel Ângelo.
A grande atracão do museu é, no entanto, a capela Sistina, a maior capela do palácio do Vaticano. E merecidamente! As paredes estão decoradas com pinturas de artistas como Boticelli e Perugino, que retratam episódios da vida de Moisés e Cristo. O fresco do altar, completado entre 1534 e 1541 por Miguel Ângelo, apresenta-nos a sua versão do Julgamento Final.
Mas como se isto não fosse suficiente, Miguel Ângelo tinha já pintado, entre 1508 e 1512, o tecto da capela com frescos descrevendo a Criação e outras cenas do Antigo e Novo Testamentos. Estas obras de arte foram restauradas nos anos 80 e voltaram a ter um aspecto e cor próximos do que teriam na altura da sua concepção. Posso dizer, sem exagero, que foi, das (muitas) obras que já vi na minha vida, aquela que mais me impressionou. Não só pela sua grandeza, como pela sua perfeição e beleza, assim como a sua harmonia. Não sei se é verdade que a Arte é um dos caminhos para Deus, mas penso que se Deus pintasse, resultaria algo assim...